Com a chegada da Páscoa, chega também a altura de começar a pensar na colocação em funcionamento da piscina, depois de um longo período de Inverno. No início da temporada deve-se preparar a piscina para a sua colocação em funcionamento. Para isso é importante seguir o procedimento apropriado para evitar problemas durante a temporada de banhos.
Hoje, 22 de Março, comemora-se o Dia Mundial da Água, desta vez envolto em tempos turbulentos e dominados por outras prioridades.
Mas nunca é demais lembrar que a agricultura consome 70% da água utilizada em todo o mundo, e que é por isso urgente que cada um de nós tome consciência da cada vez maior importância que a utilização de sistemas de rega eficientes tem para a gestão hídrica global. A HDL está junto de si para o apoiar nos seus projetos, com equipamentos de última tecnologia e primeira linha de qualidade. Não facilitamos com a qualidade dos nossos produtos, pois somos conscientes da importância destes para a eficiência global de um sistema de rega. Com o aproximar do mês de Fevereiro, torna-se importante efetuar alguns trabalhos de verificação e de preparação do sistema de rega, para o tempo em que ele será necessário com a sua máxima eficiência. Nada é mais desagradável do que enfrentar problemas durante o período onde as temperaturas são elevadas, e em que um dia sem regar pode ser crucial.
Apresentamos um guia para que possa fazer uma verificação do sistema de rega, e de todos os seus componentes, e para o preparar para o trabalho importante que o espera. 1. Tenha um sistema de rega bem projetado e bem dimensionado Toda a manutenção começa na boa planificação, e para isso, temos de recuar ao dia em que decidiu, e bem, instalar um sistema de rega automático. Apenas um profissional pode dimensionar um sistema de rega automático convenientemente, tendo em atenção pressões, caudais, diferenças de nível de rega, tipologia de plantas a regar, entre outros fatores. A falta de um projeto de rega adequado pode comprometer todo o desempenho futuro da sua rede de rega, e consequentemente do seu relvado, plantas ou produção agrícola. Caso tenha um projeto, é hora de pegar nele e de o utilizar para as saber exatamente por onde começar a verificar o sistema. 2. Faça uma primeira inspeção visual Deve efetuar uma verificação visual de todos os componentes do seu sistema de rega. Se verificar que há algum componente que tem uma aparência estranha, ou se encontra degradado, por muito que não o queira, está na hora de o substituir. O ditado diz que mais vale tarde do que nunca, mas, neste caso, mais vale ser agora, porque com certeza não vai querer ter problemas, por exemplo, com uma electroválvula que não atua, num dia de 38º. E aquele tubo gota a gota que está só um bocadinho rasgado, e só deita mais umas pingas? Sim, esse também tem de ser substituído ou reparado, pois para além de deitar água para onde não deve, promovendo o crescimento de ervas que nada lhe interessam, mais cedo ou mais tarde, com a pressurização, essa pequena fissura vai rasgar e terá um enorme custo em água, fertilizante e energia. 3. Verifique o sistema de bombagem Ligue um sector de rega aleatoriamente, e verifique as condições hidráulicas da mesma. Use o manómetro para verificar se a pressão se mantém como desejada, e pode utilizar o contador para o caudal. É muito importante que o seu projeto de rega lhe forneça estes dados, por setor de rega, até porque necessita deles para os cálculos da fertirrigação. Caso alguma desta condições hidráulicas (caudal e pressão), se desvie mais de 5% do projetado, então está na hora de chamar um técnico para verificar se a sua bomba está operacional para mais um ano de rega. Lembre-se sempre que o custo que evitar nesta fase, pode ser muito maior se o problema lhe surgir num dia de 38º. 4. O filtro de rega é o coração do sistema Um dos componentes que é considerado o coração de um sistema de rega automática, é o sistema de filtragem. Para isso, é importante que este esteja sempre operacional, de forma a fazer corretamente o seu trabalho. Para isso, comece por verificar, através dos manómetros instalados à entrada e saída do filtro, o diferencial de entrada e saída de água. Seguidamente, desmonte o seu filtro. Se o seu filtro for de cartucho com malha inox, lave-o muito bem, utilizando água corrente. Caso utilize um filtro de cartucho de anéis de discos, utilize a rosca superior do cartucho para libertar os discos, e lave-os com água corrente. Se o cartucho do filtro apresentar incrustrações que não se removam com água corrente, pode mergulhar o cartucho numa solução caseira de vinagre. Caso utilize um filtro de areia, verifique visualmente as condições da areia, e caso esta de encontre aglomerada, é era de a substituir (recomendamos a sua substituição a cada dois anos). Ao substituir a areia, verifique também o estado dos braços coletores/crepinas que recolhem a água no fundo do filtro. Não obstante esta manutenção de preparação, a limpeza do filtro deve ser períodica mesmo em tempos de rega. 5. Injeção de químicos como forma de prevenir incrustrações A injeção de alguns químicos pode ajudar a prevenir, eliminar ou dissolver algumas ocorrências de entupimentos em equipamentos técnicos de rega, sobretudo na rega gota a gota. O peróxido de hidrogénio (H2O2) é utilizado de uma forma geral como capaz de limpar eficazmente as linhas e condutas de rega, numa solução de 10%. Os seus benefícios são sobretudo a prevenção da acumulação de colónias de bactérias nas condutas e a limpeza de depósitos orgânicos em tubos e equipamentos, Após este processo, deve efetuar um ciclo de 5 minutos de rega por setor, para limpeza de tubagens. 6. Faça a drenagem de todo o sistema Por fim, mas não menos importante, deve fazer a drenagem de todo o sistema, abrindo os terminais dos tubos, e ligando cada setor de rega. Após o final do tempo de rega, mantenha os terminais abertos por um período para que toda a sujidade acumulada possa sair do sistema. Estas operações, não invalidam a manutenção preventiva do sistema, e são meramente indicativas, pelo que, para garantir uma boa operacionalidade, recomendamos sempre que este processo seja executado por um profissional credenciado. Um tema que comporta ainda um certo "tabu", fruto do enorme desconhecimento técnico da maioria dos instaladores/projectistas existente acerca do mesmo, é a correcta seleção e aplicação de válvulas de ar em sistemas de rega. Estas válvulas são utilizadas para controlar o efeito do ar nos sistemas de rega, e muitas vezes o seu uso é negligenciado, mas os efeitos de um mau dimensionamento das mesmas pode ser devastador.
Num sistema de rega, o ar nas condutas deve ser controlado devido à presença de bolhas de ar e de bolsas de ar, ou então devido à falta destes (vácuo), e que podem causar diversos problemas que perturbam o funcionamento, e danificam de forma perigosa o sistema. Identifico aqui alguns problemas que podem surgir por força da presença de ar nas condutas de água:
Por outro lado, o efeito do vácuo nas condutas apresenta também outro tipo de problemas:
Cientes de todos estes riscos, é notória a importância do correcto dimensionamento e aplicação de válvulas de ar. Então, como efectuar este controlo de ar nas condutas? Há três tipos de válvulas de ar que podem ser instaladas nas condutas de um sistema de rega: válvulas de ar e vácuo - válvulas de libertação de ar automáticas - válvulas duplas combinadas. As válvulas de ar e vácuo descarregam grandes quantidades de ar a partir de tubagens não pressurizadas e são especialmente utilizadas para auxiliar no enchimento das condutas. Com estas válvulas também é possível admitir grandes quantidades de ar no momento da drenagem das linhas, ou em caso de separação de coluna de água. Estas válvulas também são popularmente chamadas de: válvulas cinéticas, válvulas de orifício, ventosas, válvulas de libertação de ar, inibidores de vácuo, ou também válvulas de ar de baixa pressão. As válvulas de libertação de ar automáticas, estão continuamente a libertar pequenas quantidades de ar de uma conduta sob pressão. Estas válvulas também podem ser chamadas de: válvula de libertação de ar, válvula de pequeno orifício, ou também válvula de pressão de ar. As válvulas duplas combinadas, permitem ao sistema usufruir dos benefícios de ambas as válvulas anteriores, ou seja, permitem a admissão ou a descarga de grandes quantidades de ar durante o processo de enchimento ou de descarga das condutas, e uma vez a conduta pressurizada liberta pequenos volumes de ar. Para uma correcta seleção da válvula a utilizar, deve sempre solicitar o seu projecto de irrigação a um profissional especializada, sabendo que poupar no projecto ou na instalação trará futuros prejuízos bastante avultados. Até agora, as válvulas de ar eram baseadas num sistema que usa uma válvula flutuante para selar os orifícios do ar. As válvulas de nova geração, comportam um mecanismo rolante patenteado, que tem uma superior resistência às dinâmicas do fecho da válvula. Este desenvolvimento permitiu o aparecimento de válvulas mais leves e pequenas, com um rácio custo/benefício muito superior. Estas válvulas também têm a vantagem de ter integrado um mecanismo de auto-limpeza que previne bloqueios provocados por fugas ou partículas que se agreguem ao material selante. Para saber mais sobre este ou outros assuntos relacionados com sistemas de rega, visite os especialistas em sistemas de rega: www.hidrorural.pt |